terça-feira, 31 de março de 2009

GRÃO DE AMOR

Grão de Amor - Marisa Monte/Arnaldo Antunes

Me deixe, sim
Mas só se for pra ir ali
Pra voltar

Me deixe, sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe de me amar

Agora, as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe, só até a hora de voltar

Me esqueça, sim
Pra não sofrer,
Pra não chorar,
Pra não sentir

Me esqueça, sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir

A cama agora
Está tão fria
Ainda sinto o seu calor

Me esqueça, sim
Mas nunca esqueça o meu amor

É só você que vem
No meu cantar, meu bem
É só pensar que vem
Lararara...

Me cobre de mil telefonemas
Depois, me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração

segunda-feira, 30 de março de 2009

A montanha

A Montanha (ROBERTO CARLOS)


Eu vou seguir uma luz lá no alto eu vou ouvir
Uma voz que me chama, eu vou subir
A montanha e ficar bem mais perto de Deus e rezar
Eu vou gritar para o mundo me ouvir e acompanhar
Toda minha escalada e ajudar
A mostrar como é o meu grito de amor e de fé
Eu vou pedir que as estrelas não parem de brilhar
E as crianças não deixem de sorrir
E que os homens jamais se esqueçam de agradecer
Por isso eu digo: Obrigado, Senhor, por mais um dia
Obrigado, Senhor, que eu posso ver
Que seria de mim sem a fé que eu tenho em Você?
Por mais que eu sofra,
Obrigado, Senhor, mesmo que eu chore
Obrigado, Senhor, por eu saber
Que tudo isso me mostra o caminho que leva a Você
Mais uma vez
Obrigado, Senhor, por outro dia
Obrigado, Senhor, que o sol nasceu
Obrigado, Senhor, agradeço
Obrigado, Senhor
Por isso eu digo: Obrigado, Senhor, pelas estrelas
Obrigado, Senhor, pelo sorriso
Obrigado, Senhor, agradeço
Obrigado, Senhor,
Mais uma vez
Obrigado, Senhor, por um novo dia
Obrigado, Senhor, pela esperança
Obrigado, Senhor, agradeço
Obrigado, Senhor
Por isso eu digo:
Obrigado, Senhor, pelo sorriso
Obrigado, Senhor, pelo perdão
Obrigado, Senhor, agradeço
Obrigado, Senhor

domingo, 29 de março de 2009

O que é que há?

O que é que há?
O que é que está se passando com essa cabeça?
O que é que há?
O que é que está me faltando?
Pra que eu te conheça melhor?
Pra que eu te receba sem choque?
Pra que eu te perceba?
No toque das mãos em teu coração?
O que é que há?
Por que é que há tanto tempo você não procura meu ombro?
Por que será, por que será que este fogo
Não queima o que tem pra queimar?
Que a gente não ama
O que tem pra se amar?
Que o sol tá se pondo,
E a gente não larga
Esta angústia do olhar?
Telefona,
Não deixa que eu fuja
Me ocupa os espaços vazios
Me arranca desta ansiedade
Me acolhe, me acalma em teus braços macios
O que é que há?
O que é que "tá" se passando
Com a minha cabeça?
O que é que há?

(FÁBIO Jr.)

sábado, 28 de março de 2009

Contrato

Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar, mas não necessariamente dentro de nós.Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. E a orelha ouviu uma sacanagem qualquer, e a mão se encaixou ali no meio das pernas. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer. Mas a gente combinou que não era amor. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não me deixa assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso. Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado. Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo. Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor. E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.

Triz...

Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente.
Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo.
Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente.
Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho.
Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada.
Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca.
Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro.
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.
O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.

sexta-feira, 27 de março de 2009

...

Você me olhou como uma criança que é pega fazendo arte e eu te amei loucamente. Naquele segundo, a chavinha virou pra direita e catapuft: te amei absurda e infinitamente.

Eu tinha motivos reais, palpáveis e óbvios para te amar. Você é bonito, seu abraço é quente, seu sorriso tem mil quilômetros iluminados, seu humor me faria rir 100 encarnações e você é bom em tudo, mesmo não querendo ser bom em nada. Seu coração é gigante, tão gigante que você, por medo, prefere a superfície.

Mas eu te amei, mesmo, por causa daquele segundinho, o segundinho que a chavinha virou para a direita. O segundinho da pizza e do interfone.

E assim foi por alguns anos. Eu me perguntava quando isso teria fim. Motivos profundos, nobres e óbvios para deixar de te amar também não me faltaram, mas nenhum deles foi suficiente ou funcionou.

Você acompanhou com olhos humildes e humilhados todos os passos da sua ex naquela festa e eu continuei te amando. Você confundiu Chico com Vinicius e eu continuei louquinha por você. Você tinha aquele probleminha de não segurar o prazer e meu maior prazer sempre foi qualquer segundo ao seu lado. Você me largou sozinha naquele hospital, com a minha mãe sem saber se tinha ou não metástase, e foi para a praia com seus amigos bombados. E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa, do seu carro, da sua vida, da memória do seu computador, do seu celular e do seu coração. Você me deletou. E eu passei quase um ano quietinha, te esperando, rezando pra Santo Antônio te ajudar a ver que amor maior no mundo não poderia existir.

Eu segui amando e redesenhando cada dobrinha da sua pele, cada cheiro escondido dos seus cantinhos, cada cílio torto, cada risada alta, cada deslumbre puro com a vida, cada brilho nos olhos quando o mar estivesse bonito demais. Cada preguiça, cada abandono, cada estupidez, cada limitação, cada bobeira. Amava seus erros assim como amava os acertos, porque o que eu amava, enfim, era você.

CATAPUFT!
E eu me perguntava, quase já sem agüentar mais, sem entender tamanha entrega burra, quando isso finalmente teria um fim. Quando minha coluna ia voltar a ser ereta, minha cabeça erguida e meus passos firmes? Quando eu iria superar você?

E foi assim, sem avisar, por causa de um segundo sem grandes enredos, que a chavinha, catapuft, fez meia volta e virou para a esquerda. Me devolvendo a mim, me devolvendo à vida. Dissolvendo você no ar, trazendo cores, cheiros e possibilidades de volta. Matando o homem que eu mais amei na vida bem na noite de Natal.

Enquanto todos comemoravam o nascimento de Deus, eu comemorava a sua morte. A morte de quem e para quem eu já tinha sido mais fiel, refém, escrava e discípula do que para qualquer outro deus.

Era véspera de Natal e você me ligou. Meu coração se encheu de esperança, de pureza, de fé, de alegria. Do outro lado, sua voz nasalada e banal me disse, assassinando meu coração e se suicidando na seqüência: essa ligação não é uma recaída natalina, não, é apenas porque eu tava aqui, sem fazer nada, e pensei… quer sair? Catapuft.

Não, eu não quero sair. Mas quer saber? Eu também não quero mais te amar. O menino da pizza e do interfone virou um homem solitário, infeliz e descartável. Catapuft. Pode parecer loucura, mas tirar você do meu peito foi o meu melhor presente que já ganhei.

quinta-feira, 26 de março de 2009

...

Fala-se muito de voltar no tempo, de ter uma nova chance... acredito eu que se as pessoas soubessem como é possível fazer isso, e se todas fizessem, o universo seria uma bagunça imensa, cheio de buracos negros inexplicáveis...
Mas, enfim, ninguém pode voltar e criar um novo início... porque tudo que foi vivido, foi traçado, foi percorrido em uma trajetória escolhida por livre-arbítrio, e então não se pode mudar nada...
Vive-se um deja vú interminável onde você sabe o que vai acontecer e não consegue mudar os fatos, por mais que você tente... e quando muda, o resultado desastrosamente é sempre o mesmo. Nunca muda, uma vez que você escolheu o que queria para sua vida.
Escolhas... É exatamente este o ponto. É essa a grande chave do "final feliz"... não se muda o destino escolhido por você. E você não muda o seu futuro de acordo com as suas escolhas, mas você define ele a partir delas. Nada está escrito, mas tudo está predestinado. Tudo tem um porquê, mas sua trajetória não está definida. É através do que você define na sua vida que te torna o que você é, e se um dia você descobrir como faz para voltar, vai perceber que não pode mudar exatamente nada na sua vida. Porque aí sim, seu destino foi traçado por você mesmo.
Não desejem voltar ao passado... não queiram consertar o que ja estragou... Não queiram segurar o leite antes de cair no chão, porque ele ja está predestinado a cair, e pode levar você a tombar junto com ele...
O risco de se cair em um abismo dentro de si mesmo é muito grande. Você perde a vontade de ter novas experiências, de viver novas emoções... e nada pode resgatá-lo de lá. Uma vez que você abdica de seu futuro para tentar salvar os erros do passado, você se condena a finalizar o caminho do seu destino no ponto em que parou, e nunca encontrará o caminho de volta...

quarta-feira, 25 de março de 2009

I Say A Little Prayer For You

I Say A Little Prayer For You
Diana King

Composição: Diana King - Dionne Warwick

The moment I wake up
Before I put on my makeup
I say a little prayer for you
While combing my hair now,
And wondering what dress to wear now,
I say a little prayer for you

(Chorus)
Forever, and ever, you'll stay in my heart
and I will love you
Forever, and ever, we never will part
Oh, how I love you
Together, forever, that's how it must be
To live without you
Would only meen heartbreak for me.

I run for the bus, dear,
While riding I think of us, dear,
I say a little prayer for you.
At work I just take time
And all through my coffee break-time,
I say a little prayer for you.

(Chorus)
Forever, and ever, you'll stay in my heart
and I will love you
Forever, and ever we never will part
Oh, how I'll love you
Together, forever, that's how it must be
To live without you
Would only mean heartbreak for me.

I say a little prayer for you

I say a little prayer for you

My darling believe me, ( beleive me)
For me there is no one but you!
Please love me too (answer his pray)
And I'm in love with you (answer his pray)
Answer my prayer now babe (answer his pray)

(Chorus)
Forever, and ever, you'll stay in my heart
and I will love you
Forever, and ever we never will part
Oh, how I'll love you
Together, forever,that's how it must be
To live without you
Would only mean heartbreak for me (oooooooooh)



Eu Faço Uma Pequena Prece Para Você

No momento que acordo
Antes de colocar minha maquiagem
Eu faço uma pequena prece para você
Enquanto penteio meu cabelo agora
E enquanto fico pensando o que vestido usar agora
Eu faço uma pequena prece para você

Para sempre, para sempre você ficará em meu coração
E eu te amarei
Para sempre e jamais nos separaremos
Oh, como eu te amarei
Juntos, para sempre, é assim que deve ser
E viver sem você
Apenas significaria magoas para mim

Eu corro até o ônibus, querido
Enquanto ando nele eu penso em nós, querido
E faço uma pequena prece para você
No trabalho eu apenas faço hora
E por toda hora do café
Eu faço uma pequena prece para você

Para sempre, para sempre você ficará em meu coração
E eu te amarei
Para sempre e jamais nos separaremos
Oh, como eu te amarei
Juntos, para sempre, é assim que deve ser
E viver sem você
Apenas significaria magoas para mim

Eu faço uma pequena prece para você

Eu faço uma pequena prece para você

Para sempre, para sempre você ficará em meu coração
E eu te amarei
Para sempre e jamais nos separaremos
Oh, como eu te amarei
Juntos, para sempre, é assim que deve ser
E viver sem você
Apenas significaria magoas para mim

Meu querido, acredite em mim
Para mim não há outra pessoa a não ser você
Por favor me ame também
Eu estou apaixonada por você
Atenda minha oração
E diga que me ama também
Por que você não atende minha prece
Eu sei que todos os dias eu faço uma pequena prece
Eu disse que faço uma pequena prece

terça-feira, 17 de março de 2009

...

1-) Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:


- 'Ah, terminei o namoro...'
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... acabou'
- É, não deu...'

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos! Só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

2-) Hoje, não acredito muito que os 'opostos se atraem'.
Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais. E sempre esta é a parte mais insatisfeita.
Acredito mais em quem tem intereses em comum. Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta, se você gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste.
Frequentar lugares que você gosta, ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus.
A extrovertida e o caretão anti-social é complicado e depois, entra naquela questão de “um querer mudar o outro, ui...”
Pessoas mudam quando querem... E porque querem... E pronto!... E demora!...

3-) Cama é essencial!
Aliás pele é fundamental. Tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranqüilas.
O garanhão insaciável e donzela sensível, acho meio estranho. Isto causa muitas frustrações e dá-lhe livros de autoajuda sobre sexo. Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual.
Cheiro, fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia... melhor!

4-) Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ela é carinhosa, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele!



5-) Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência, para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos.
Mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta!
Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, pressão de família?
O legal é alguém que está com você por você. - E vice-versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso! Não é compartilhado!
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

6-) Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração...
Faz parte! Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, voce não é terapeuta (pelo menos dele heheheheh).
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar... Ou se apaixonar... Ou se culpar...
Enfim... quem disse que ser adulto é fácil?

domingo, 8 de março de 2009

Todos os dias morre um amor

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio ensurdecedor depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, feito Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho-papão. Outros confessam sua culpa em altos brados, fazendo de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente", ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, definhando paulatinamente até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4ª série, ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da TV ligada na mesa-redonda ao final do domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram - teimosos, e belos, e cegos, e intensos. Mas estes são raríssimos, e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas.