quarta-feira, 15 de abril de 2009

É POSSÍVEL FINGIR QUE SABE?

A ética, ou melhor, a sua falta, transita em todos os âmbitos da vida humana. Desde a falta de moralidade no convívio social, até atingir o meio acadêmico. Na academia a falta de ética se encontra no que podemos denominar de desonestidade intelectual.

Ser desonesto intelectualmente está se apresentando na atualidade como plágio, ou a famosa “cola”, tão comuns na época de escolas secundárias. Na universidade a cola se moderniza e ganha um nome mais simpático: plágio. Mas, no fundo é a mesma coisa, porque é um ato de roubo de idéias dos outros, às vezes consentidas ou não.

O plágio é prejudicial, sem dúvida; principalmente em longo prazo. Não conseguir formar as suas próprias idéias parece algo cômico que deve ser investigado a finco. Por que alguém não consegue ter as próprias idéias? Por que há o comodismo intelectual de não ir à busca do saber?

É acreditável que essas perguntam pairam na cabeça do docente ao constatar um aluno plagiando. Já que quando alguém cola, freqüentemente, há a preguiça e incompetência de realmente adquirir conhecimento. Como confiar em um profissional que não possui competência até mesmo para se obter aprendizado? Qual o aprendizado que pseudo-estudante irá utilizar mais tarde no exercício da sua profissão, se o mesmo nem o obteve? Absolutamente nenhum.

Não somente na área de saúde ou da engenharia se corre risco de morte. Um assassinato pode acontecer de diversas maneiras. Um jornalista pode “matar” alguém ao noticiar um fato inverídico dessa mesma pessoa, destrói a sua imagem, a sua reputação e a sua moral. O profissional de comunicação pode dizimar uma comunidade inteira em não lhe dar as informações corretas acerca de um fato, ocultando ou deturpando elementos de grande relevância.

Do mesmo modo, o professor poderá “adoecer” um aluno ao lhe transmitir preceitos errados. Um aprendizado errado resulta em uma doença transmissível aos demais da sua convivência: seus pais e familiares também são tocados quando o filho lhe conta o que aprendeu, chocando-os.

Disposição e perseverança. Essas palavras-chaves que devem nortear um estudante. Não há como aprender se alguém não o quer, não está disposto, não contém perseverança alguma para trilhar o caminho na busca da aprendizagem. Afinal, como fingir que sabe o que não se sabe? O que vai aplicar no dia-a-dia na profissão? A resposta é clara, não há saber para ser aplicado, porque ele nem foi buscado.

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