sexta-feira, 23 de março de 2012

“Edvaldo Nogueira é o meu forte cabo eleitoral”, disse o pré-candidato a prefeito Jeferson Passos


*Por Daniela Domingos

O bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e atualmente secretário de Finanças de Aracaju, Jeferson Passos, foi o convidado do Cabaré desta quinta-feira, 22, no Bar Meu Boteco. Duramente sabatinado por uma hora e meia, o futuro o pré-candidato a prefeito pelo PCdoB, respondeu tudo serenamente, com a sua personalidade que lhe é peculiar.

Se for eleito chefe do executivo municipal, teremos um gestor público mais técnico do que político. Mas, para ir disputar o pleito em outubro de 2012, terá que desbancar fortes nomes do seu bloco político liderado por Marcelo Déda: os deputados federais Valadares Filho (PSB), Rogério Carvalho (PT) e os deputados estaduais Adelson Barreto (PSB) e Ana Lúcia (PT). Mas ele tem um forte cabo eleitoral, seu correligionário e líder, o prefeito Edvaldo Nogueira.

Jeferson Passos abriu os trabalhos do Cabaré de 5ª falando da sua vida profissional. Além de ser formado em Direito e secretário municipal desde 2007, é especialista em Estratégia e Marketing Empresarial, foi consultor na Superintendência Regional do Banco em Aracaju, gerente de Filial de Administração em Salvador e gerente de Logística da Central de Prestação de Serviços em Aracaju.

Horizontes

Além de Finanças, já acumulou junto a sua secretaria o Planejamento e o Gabinete, o que lhe acrescentaram não somente experiência, mas novos horizontes de ver Aracaju além-fronteiras. “O meu nome saiu naturalmente junto com o da colega Tânia Soares, e ficou o mais consolidado”, disse. “Acredito nos ideais do meu partido comunista e participo de uma administração que dá certo, que se preocupa com o povo, que governa toda a cidade, do centro aos bairros”, acrescentou.

Visibilidade

“A minha percepção é diferente do secretário tradicional. Não tenho o objetivo de segurar orçamentos, mas de maximizar e dinamizar recursos que fazem parte do projeto de governo”, falou. Como gestor, vai envolver-se sim em projetos da Prefeitura, como ligados a obras, alternativas de melhoramento do trânsito e de das demais secretarias: saúde (funcionalismo) e na educação (investimentos na tecnologia).

“Também trabalho na simplificação com impostos, desburocratização em processos com empresas e empreendedores individuais, certidão negativa e nota fiscal eletrônica. Diante disso, ficamos reconhecidos pelo segmento empresarial”, disse.


Edvaldo Nogueira

“O prefeito de Aracaju será sim meu cabo eleitoral. E apatia dada a ele por algumas pessoas é relativa, ele talvez não “apareça” muito, mas possui um leque de serviços, que fazem suplantar a sua falta de carisma”, disse.

Se eleito prefeito de Aracaju, seu governo não será de mudança, mas de continuidade do de Edvaldo Nogueira, principalmente nos projetos e programas que dão certo. “Mas a minha governabilidade terá as minhas digitais, com apenas alguns modais da diferença para continuarmos a ser a cidade da qualidade de vida”, enfatizou. “E conseqüentemente buscarei pessoas que se adéqüem ao perfil. Reúno na minha personalidade um perfil técnico e um consenso com o político-partidário”, afirmou.

Prioridades

“Na saúde temos uma demanda de serviços que extrapola qualquer organização pública. Precisamos, desse modo, ampliar os mesmos e qualificar os serviços de urgências, investindo também na tecnologia e maximizando os seus recursos para agilizar todo o processo, além de estabelecer regras para melhorar a qualidade profissional. Temos, ainda, a falta de pediatra que é um problema crônico”, falou.

Com o investimento na educação, permitir que o cidadão, qualificado, tenha os seus direitos assegurados, e preparado para o mercado de trabalho. Também fortaleceremos o diálogo com o Governo Federal.

Quanto à mobilidade urbana, “é complicada qualquer alteração principalmente no quesito estrutural, temos que ter criatividade. Para se melhorar é preciso discutir questões polêmicas como canteiros em avenidas e o incentivo ao transporte coletivo e alternativo, educação de trânsito e em obras de infra-estrutura”, acrescentou.

Mas, de uma coisa pode-se ter certeza, seu plano de governo será mais real do que fantasioso, com projetos que podem ser executados. “Porque não adianta dizer que vai fazer, fazer o eleitorado encher os olhos com promessas, e não realizá-las”, disse.

“As prioridades mudam, não são umas coisas simples de se resolver. Um bom exemplo é o Plano Diretor que já temos um em vigor, mas em dezembro, foi aprovada uma lei federal que lhe acrescentou uma série de instrumentos. A cidade também cresceu do ponto populacional e conseqüentemente precisamos de mobilidade”, informou.

Quanto ao meio ambiente, “todos nós queremos viver em um local agradável e adequado. Então iremos pensar ações que minimizem os problemas que agridem o espaço: reciclagem, reutilização da água, construção de prédios inteligentes, esgotamento sanitário, estruturação de um órgão ambiental e limitação da construção de indústrias que poluem”, disse. “Hoje precisam ser resolvidos os aterros sanitários, em que muitas questões foram levantadas, mas eu enfrentarei as discussões. Temos um “lixo controlado”, mas ainda não é o ideal”, declarou.

Aliados

“Todos os projetos são praticamente os mesmos da base aliada, e somos os mesmos neste cenário político novo, que não afetará nada em 2012, somente em 2014”, afirmou. Reafirmando a união do grupo, sua base lançará uma única candidatura, porque senão o objetivo não será alcançado e a oposição, o DEM terá sucesso. “E o desejo é um candidato que agrade todo o grupo”, concluiu.



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