*Por Daniela Domingos
"Valadares
Filho é pré-candidato, sim, a prefeito de Aracaju; não é uma questão de
bater chapa, mas é o nosso partido que mantém a simpatia com todos os
demais grupos. O PSB não irá fazer um jogo de debates, esperaremos
chegar o dia 30 de junho, quando se dará o apogeu, e conheceremos o
candidato do nosso grupo. Contudo, o PSB terá a sua candidatura própria,
independente se Rogério Carvalho (pré-candidato pelo PT) sair candidato
ou não”.
Elber
disse também que o partido não dispensa apoio politico, desde que seja
incondicional. “O que faremos é não transformar essa disputa política
para ser o candidato do grupo em uma briga agressiva”, avisou.
Por
ser secretário de Turismo do Estado, Elber não se limitou a falar
somente de turismo. Uma política apimentada também foi amplamente
discutida, difundindo o nome do principal pré-candidato a prefeito da
capital do seu partido, o deputado federal Valadares Filho, partido do
qual é presidente do diretório municipal.
Edvaldo Nogueira
Ao
ser questionado se é um dos principais cabos eleitorais da candidatura
de Valadares, “ele é cabo, sargento, tenente, coronel, ele é tudo que
ele quiser”, disse Elber, acrescentando ser Edvaldo é um forte cabo
eleitoral do PSB. “E o admiro como gestor pela sua administração técnica
e eficiente na resolutividade, embora existam os sistemas politizados,
como o de trânsito, que precisam de novos parâmetros, para que possa ser
resolvido. Edvaldo, como todos os candidatos de esquerda, são
importantes do ponto de vista eleitoral”.
Como gestor
“Fico muito feliz em seguir uma trajetória parecida como o do meu pai e do meu avô na política, mas agora estou licenciado como vereador, aceitando novos desafios. E também estou feliz por Sergipe estar consolidado no espaço nacional com os melhores índices no ramo hotel e com grandes operadoras de turismo. Segundo a CVC, o destino do nosso Estado cresceu 35% em vendas de pacotes no último ano - foram mais de quatro mil pacotes de viagem para Sergipe. Tudo isso fruto de um processo gradativo de incentivo ao turismo do nosso estado”, afirmou.
“Há
tempos que não viam tantas propagandas para visitar os municípios de
Sergipe, graças às obras estruturantes do Governo, como estradas, pontes
e a Rota do Sertão, caminho para Canindé do São Francisco e a Xingó. É a
primeira vez que Sergipe bate todos os recordes também na
empregabilidade no setor turístico. O nosso desejo é que Aracaju ocupe o
seu espaço definitivo, junto as suas capitais vizinhas, Salvador,
Maceió e Recife”.
Ponte
Quando a ponte Aracaju - Barra dos Coqueiros foi construída não foi pensado empiricamente, do modo de como o turismo iria funcionar, não se pensou como um todo, com um trabalho técnico e profissionalizante, com investimentos pautados pelo estudo. O mundo de hoje pensa o turismo como solução dos problemas econômicos pela geração de renda”, enfatizou.
“Agora
por que não se investe na Barra dos Coqueiros e nem no litoral norte? O
Governo do Estado tem feito investimentos, mas não queremos queimar o
turismo de Sergipe enviando quem vem de fora para onde não se tem
qualidade em estrutura para atender um público seletivo.
Para
Elber, é necessário que se tenha uma ação no que se refere aos bares da
Praia da Costa, porque, do jeito que tá não dá para levar turismo para
aquele local. “Se aquela situação fosse em Aracaju o Ministério Publico
Federal já tinha tomado uma providência”, frisou.
Iniciativa privada
“A
rede hoteleira não está fracassada”, disse citando o grande
investimento de empresários na capital aracajuana. “Sergipe vive o seu
melhor momento. Um bom exemplo foi a instalação da comitiva da
Presidência da República, em vários hotéis, porque não tinha vaga para
acomodar toda a comitiva em um único hotel”, disse.
“Os
bancos internacionais a exemplo do Bird, Banco Mundial, por sua vez,
não financiam aquilo que não dá retorno social à população, por isso que
é difícil conseguir alguns investimentos como para a construção de
Centro de Convenções em Sergipe, acoplado a um pavilhão de exposições e
um estádio de futebol. Então, sem o financiamento deixamos de atender o
turismo de negócio”, afirmou.
Segundo
o secretário, os financiamentos só são liberados quando se consegue
comprovar que por trás desses investimentos tem retorno social, geração
de emprego e renda e uma mudança de contexto no local onde está sendo
feito o empreendimento. Ele disse também que o conceito de grandes
Resorts, a exemplo da Costa do Sauipe, na Bahia, está acabando, e o
exemplo disso é que hoje Resort que custou cerca de um bilhão de dólares
na sua construção está sendo colocado a venda por cerca de R$ 70
milhões.
Turismo Gay
A Secretaria Estadual de Turismo apoia o turismo GLBT, apesar de esse processo ter que acontecer gradativamente, para não assustar a sociedade. Até porque é uma tendência, já que existem redes de hotéis especializados em atender este público. É um publico que tem tido uma atenção especial dos grandes centros por se um público de classe media, media alta que gasta, mas que é exigente.
Mercado Municipal
Para uma das maiores obras de Aracaju, que se encontra hoje um pouco abandonada, o secretário de Turismo declarou que existem projetos para acabar com os problemas decorrentes. Mas quando se constrói obras grandes, tem que se pensar em um gestor que tenha visão de empreender, para poder gerir melhor o negócio. Temos restaurantes no Mercado, de uma culinária sofisticadíssima, o que precisa é de investimentos, declarou.
Burocracia
Quando
se fala em gerir a algo pronto é complexo, o que faz com que os
servidores públicos fiquem travados por questões burocráticas de
licitação, por isso que sempre atrasam as obras para serem inauguradas,
disse, citando diversos exemplos cômicos, que ficam demoram meses até
conseguirem preencher pré-requisitos inviáveis.
Um
desses casos segundo o secretário foi a descoberta de um prego da
década de cinquenta durante a restauração da parte interna do Cacique
Chá, e o Ministério do Turismo exigiu três orçamento para a compra do
prego, o que levou mais de dois meses para se conseguir os orçamentos
porque a principio só tínhamos conhecimento de que só existia uma
fabrica. São fatos como esse que muitas vezes atrasa obras e a população
culpa os gestores.
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