quarta-feira, 8 de agosto de 2012

“O PSB terá a sua candidatura própria, independente de Rogério Carvalho (PT) sair candidato ou não”


 *Por Daniela Domingos

"Valadares Filho é pré-candidato, sim, a prefeito de Aracaju; não é uma questão de bater chapa, mas é o nosso partido que mantém a simpatia com todos os demais grupos. O PSB não irá fazer um jogo de debates, esperaremos chegar o dia 30 de junho, quando se dará o apogeu, e conheceremos o candidato do nosso grupo. Contudo, o PSB terá a sua candidatura própria, independente se Rogério Carvalho (pré-candidato pelo PT) sair candidato ou não”.

A declaração foi feito pelo presidente do diretório municipal do PSB e secretário de Estado do Turismo, Elber Batalha, na noite de ontem, durante 52ª edição de NósnoCabaré.comConvidados, encontro realizado todas as quintas-feiras no bar Meu Buteco, na avenida Tancredo Neves, quando foi sabatinado por creca de duas horas.
Elber disse também que o partido não dispensa apoio politico, desde que seja incondicional. “O que faremos é não transformar essa disputa política para ser o candidato do grupo em uma briga agressiva”, avisou.
Por ser secretário de Turismo do Estado, Elber não se limitou a falar somente de turismo. Uma política apimentada também foi amplamente discutida, difundindo o nome do principal pré-candidato a prefeito da capital do seu partido, o deputado federal Valadares Filho, partido do qual é presidente do diretório municipal.


Edvaldo Nogueira

Ao ser questionado se é um dos principais cabos eleitorais da candidatura de Valadares, “ele é cabo, sargento, tenente, coronel, ele é tudo que ele quiser”, disse Elber, acrescentando ser Edvaldo é um forte cabo eleitoral do PSB. “E o admiro como gestor pela sua administração técnica e eficiente na resolutividade, embora existam os sistemas politizados, como o de trânsito, que precisam de novos parâmetros, para que possa ser resolvido. Edvaldo, como todos os candidatos de esquerda, são importantes do ponto de vista eleitoral”.


Como gestor


“Fico muito feliz em seguir uma trajetória parecida como o do meu pai e do meu avô na política, mas agora estou licenciado como vereador, aceitando novos desafios. E também estou feliz por Sergipe estar consolidado no espaço nacional com os melhores índices no ramo hotel e com grandes operadoras de turismo. Segundo a CVC, o destino do nosso Estado cresceu 35% em vendas de pacotes no último ano - foram mais de quatro mil pacotes de viagem para Sergipe. Tudo isso fruto de um processo gradativo de incentivo ao turismo do nosso estado”, afirmou.

“Há tempos que não viam tantas propagandas para visitar os municípios de Sergipe, graças às obras estruturantes do Governo, como estradas, pontes e a Rota do Sertão, caminho para Canindé do São Francisco e a Xingó. É a primeira vez que Sergipe bate todos os recordes também na empregabilidade no setor turístico. O nosso desejo é que Aracaju ocupe o seu espaço definitivo, junto as suas capitais vizinhas, Salvador, Maceió e Recife”.


Ponte


Quando a ponte Aracaju - Barra dos Coqueiros foi construída não foi pensado empiricamente, do modo de como o turismo iria funcionar, não se pensou como um todo, com um trabalho técnico e profissionalizante, com investimentos pautados pelo estudo. O mundo de hoje pensa o turismo como solução dos problemas econômicos pela geração de renda”, enfatizou.

“Agora por que não se investe na Barra dos Coqueiros e nem no litoral norte? O Governo do Estado tem feito investimentos, mas não queremos queimar o turismo de Sergipe enviando quem vem de fora para onde não se tem qualidade em estrutura para atender um público seletivo.

Para Elber, é necessário que se tenha uma ação no que se refere aos bares da Praia da Costa, porque, do jeito que tá não dá para levar turismo para aquele local. “Se aquela situação fosse em Aracaju o Ministério Publico Federal já tinha tomado uma providência”, frisou.
Iniciativa privada
“A rede hoteleira não está fracassada”, disse citando o grande investimento de empresários na capital aracajuana. “Sergipe vive o seu melhor momento. Um bom exemplo foi a instalação da comitiva da Presidência da República, em vários hotéis, porque não tinha vaga para acomodar toda a comitiva em um único hotel”, disse.

“Os bancos internacionais a exemplo do Bird,  Banco Mundial, por sua vez, não financiam aquilo que não dá retorno social à população, por isso que é difícil conseguir alguns investimentos como para a construção de Centro de Convenções em Sergipe, acoplado a um pavilhão de exposições e um estádio de futebol. Então, sem o financiamento deixamos de atender o turismo de negócio”, afirmou.

Segundo o secretário, os financiamentos só são liberados quando se consegue comprovar que por trás desses investimentos tem retorno social, geração de emprego e renda e uma mudança de contexto no local onde está sendo feito o empreendimento. Ele disse também que o conceito de grandes Resorts, a exemplo da Costa do Sauipe, na Bahia, está acabando, e o exemplo disso é que hoje Resort que custou cerca de um bilhão de dólares na sua construção está sendo colocado a venda por cerca de R$ 70 milhões.


Turismo Gay


A Secretaria Estadual de Turismo apoia o turismo GLBT, apesar de esse processo ter que acontecer gradativamente, para não assustar a sociedade. Até porque é uma tendência, já que existem redes de hotéis especializados em atender este público. É um publico que tem tido uma atenção especial dos grandes centros por se um público de classe media, media alta que gasta, mas que é exigente.


Mercado Municipal

Para uma das maiores obras de Aracaju, que se encontra hoje um pouco abandonada, o secretário de Turismo declarou que existem projetos para acabar com os problemas decorrentes. Mas quando se constrói obras grandes, tem que se pensar em um gestor que tenha visão de empreender, para poder gerir melhor o negócio. Temos restaurantes no Mercado, de uma culinária sofisticadíssima, o que precisa é de investimentos, declarou.


Burocracia
Quando se fala em gerir a algo pronto é complexo, o que faz com que os servidores públicos fiquem travados por questões burocráticas de licitação, por isso que sempre atrasam as obras para serem inauguradas, disse, citando diversos exemplos cômicos, que ficam demoram meses até conseguirem preencher pré-requisitos inviáveis.

Um desses casos segundo o secretário foi a descoberta de um prego da década de cinquenta durante a restauração da parte interna do Cacique Chá, e o Ministério do Turismo exigiu três orçamento para a compra do prego, o que levou mais de dois meses para se conseguir os orçamentos porque a principio só tínhamos conhecimento de que só existia uma fabrica. São fatos como esse que muitas vezes atrasa obras e a população culpa os gestores.

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