quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Quem tem 'rabo' preso não pode sair candidato"

 
“Não pensem que sou o melhor, apenas sou diferente e quem tem que julgar é o eleitor”. Foi com essa frase que o candidato a prefeito de Aracaju pela terceira vez, o deputado federal Almeida Lima (PPS), abriu na noite de ontem, a rodada de entrevistas do Cabaré de Quinta, evento que acontece todas as quintas-feiras, no bar Meu Buteco, na Avenida Tancredo Neves.
 
Em sua 54º edição de NósnoCabaré.comConvidados, Almeida foi o primeiro dos cinco candidatos a prefeito de Aracaju a ser sabatino por jornalistas e a comunidade sobre o seu programa de governo para o Município de Aracaju
 
Por mais de duas horas o candidato expos o seu programa de governo e detonou os seus adversários, não poupando o governador Marcelo Déda (PT) e o senador Antônio Carlos Valadares (PSB). “E eu poderia até dizer: antes só do que mal acompanhado”, disse o candidato ao ser questionado o por quê de não existirem partidos coligados a sua chapa, ao contrario do que aconteceu em 2008. “Quem tem rabo preso não deveria ser candidato”, disse.
Deputado Federal

"Apesar de estar muito bem no congresso como parlamentar, não dá para continuar lá vendo Aracaju maltratada, comandada por empreiteiros da construção civil. O plano de governo dos meus adversários nos decepcionam com a continuidade", exemplificou com diversas matérias negativas que saíram em veículos de comunicação em nível nacional ao longo de 20 anos, com projetos megalomaníacos dos seus adversários. "Alguém merece isso?", questionou.
O ontem

"O passado de um candidato deve ser levado em consideração sim, porque incomoda. E quem tem rabo preso não pode sair candidato. Observem meu histórico e vejam se eu tenho a Polícia Federal prendendo membros da minha família e assessores. Eu mesmo não respondo a nenhum processo. Mas o que a sociedade entende que é o melhor? Eu entendo que o que define o melhor político é o seu programa de governo viável", disse.

Saúde

"A saúde tem recursos, mas o dinheiro é desviado pelo ralo da corrupção. E ela terá ainda mais fontes, quando a saúde poder oferecer os seus próprios serviços e não precisar contratar terceirizados de exames, por exemplo. O que acontece é que o gestor transformou a pasta em uma secretaria de obras, construindo postos, mas sem médicos e remédios", opinou.

Mobilidade Urbana

"Construir viadutos não são prioridades no meu governo, porque existem outras alternativas, como as rotatórias e diminuição de semáforos", disse, apresentando o mapa imaginário de Aracaju com o desafogamento do trânsito, na sua visão. Serão construídas novas vias, e o Centro será revitalizado, com a construção de estacionamentos, entre outros projetos para trazer de volta a tranquilidade ao aracajuano", discorreu.
Comissionados

"Eleito prefeito, irei diminuir pela metade a quantidade das secretarias municipais e, por sua vez, de comissionados. Será o servidor efetivo que terá que realizar o serviço. Isso é que é bom: sair para a disputa eleitoral sem agrupamento: não precisei 'fatiar' a prefeitura após, ofertando cargos a quem ajudou a me eleger", polemizou.
Ele também assegurou que sendo eleito prefeito vai acabar com os secretários adjuntos e com os subsecretários, por entender que são cargos que não contribuem em nada com a administração publica.

Eleições

"No dia 7 de outubro, o cidadão irá tomar uma decisão da qual cidade que ele quer. Até porque não existe diferença entre João Alves, Marcelo Déda e Valadares Filho. O erro está sendo meu por ainda não conseguir mostrar à população uma regra de três tão simples", afirmou.
"Eu não sou o melhor e nem o pior, sou diferente, e quem tem que julgar quem sou são vocês. Eu trago fatos e não tenho culpa de que incomodo os dedistas, valadaristas e demistas. Também não posso medir minha estatura pela deles, estaria me igualando", desafiou.

Mágoa de João e Educação

Questionado sobre a sua maior mágoa de João Alves, o mesmo falou que teve início em 2002, quando ele foi eleito ao seu lado como senador. "Não é uma questão pessoal. Ele disse que seria a renovação e não foi. E observem: a educação pública em Sergipe começou a desandar a partir do momento em que ele foi governador, com professores que começaram a ser violentados. Eu saí do governo da situação, com João, e fui para oposição, porque não concordava com ele", explicou.

"E depois vem o governador Déda e pisa na classe, não pagando o piso. Vamos comparar os governos: quantas escolas foram construídas ao longo desse tempo?", questionou. "Educação para mim foi, é e sempre será prioridade", declarou.
"Não podemos esquecer alguns episódios da história aracajuana, e um deles foi a retirada de comerciantes ambulantes do Centro com jatos de água, para que fossem 'exilados' na cidade pernambucana de Garanhuns. Também a transformação da Terra Dura em um depósito de moradores de rua", disse.

Rivando Gois

O seu candidato a vice-prefeito trouxe uma mensagem aos presentes falando da sua trajetória política no Partido dos Trabalhadores (PT). "Saí do grupo porque me senti traído. Os sonhos plantados por Déda inicialmente também não foram respeitados por ele mesmo, o que fez constranger os seus aliados. Eu precisava de uma ideologia nova, por isso fui caminhar ao lado de Almeida Lima", declarou.

Meio Ambiente

"O que precisa ser feito é recuperar o meio ambiente em Aracaju. Observem como os recursos naturais dos bairros Coroa do Meio e Treze de Julho foram destruídos. Até a construção de uma rodovia às margens da Praia de Aruana foi feita sem respeitar as condições, totalmente sem acostamento e encontra-se com um quilômetro dela já destruído", disse, apresentando mais uma vez imagens fotográficas das regiões citadas.
"Não irei construir o aterro sanitário, porque entendo que o lixo pode ser reaproveitado, seja para a geração de energia ou para a reciclagem". "Quanto à zona de expansão, acredito que deve haver um freio de seis meses para que se possam ser construídos novas residências, visto que não está existindo planejamento", opinou.

Turismo

"Não há necessidade de um governo ir em busca de outros empresários de fora, para incentivar a construção de hotéis aqui em Sergipe. O que tem que acontecer é uma política de incentivo no Estado para os que queiram se instalar aqui. Um desses incentivos é sediar eventos nacionais, sem a cobrança de taxas, para atrair turistas que aqui venham a serviço", disse.

 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário